A colonização
A 18 de janeiro de 1858 chegam os primeiros colonos, 88
pessoas embarcadas no “Twee Vrieden”, em Hamburgo a 31/10/1857, instalando-se
nas picadas dos Moinhos e de São Lourenço, onde tudo era mata virgem dotada de
madeiras de lei.
Jacob emprestava dinheiro particular para os colonos,
documentado conforme a seguir:
“Nós abaixo assinados declaramo-nos devedores
das somas mensionadas junto às nossas
assinaturas, a saber: 12 famílias pelo
total de táleres 1.626 ½, recebidos em Hamburgo
dos srs.Wilhelm Hühn & Cia., e nos obrigamos a seguir, logo depois da nossa chegada ao Rio Grande, para a Colônia de São Lourenço, pertencente
ao sr.J.Rheingantz, e a pagar as
somas recebidas daquele senhor à sua ordem, o mais tardar depois de 2 anos, e mais os juros à razão de 6% ao ano até final
reembolso. Hamburgo, 21 de junho de 1861 (seguem-se 12 assinaturas, legalizadas com o “visto” do Consulado Geral do Brasil em Hamburgo).”
Rheingantz estudara atentamente a legislação brasileira, não só em relação à
colonização, prevendo as emergências eventuais, tudo calculando e medindo,
empregando no empreendimento todas suas energias, vontade e recursos, sabendo
exatamente quais os fatôres a levar em consideração para o seu sucesso. Sua
dedicação ao projeto foi mais importante do que o conjunto de elementos derivados
do estudo e da ponderação. Do seu ponto de vista, a Colônia de São Lourenço não
era apenas uma iniciativa comercial, uma aplicação de capital e trabalho
destinada a proporcionar, no futuro, lucros e proveitos compensadores, mas uma
obra que realizaria, uma criação do seu espírito e da sua vontade, fazendo
surgir de uma região bruta e agreste um centro humano de atividade produtora,
transformando a terra virgem em fonte de riqueza, facultando a compatriotas
seus, descontentes com as condições de vida na Europa, a oportunidade de erguer
um lar, desbravando pelo trabalho um solo que viria a ser dêles, realizando uma
aspiração que na Alemanha não se tornava possível.
Das diversas emprêsas de colonização no Brasil, sòmente uma iniciativa não
malogrou: a colônia de São Lourenço, fundada por Jacob Rheingantz na Serra dos Tapes, à
margem do curso sinuoso do Camaquã, município de Pelotas, no Rio Grande do Sul,
vencidas as dificuldades naturais a êste gênero de empreendimento desenvolvendo,
crescendo e prosperando até atingir sua autonomia sob a forma de município,
única e exclusivamente sob administração privada sem necessidade de ser
encampada pelo governo, como ocorreu com todas as demais, graças ao espírito
com que o fundador concebeu-a e orientou-a, conduzindo o seu desenvolvimento. Jacob dominou todos seus atos e iniciativas com a preocupação pelo empreendimento,
com o bem-estar e satisfação dos colonos revelada nas concessões que lhes fez
em numerosas ocasiões, pelos auxílios generosos com que favoreceu a criação de
escolas e igrejas na Colônia e, desde o início, na construção de sua mansão
familiar, a casa de sua residência, no seio da própria Colônia para estar no
centro de sua obra, acompanhando de perto o seu crescimento.
Moinho e Casa Comercial Göscher, S.Lourenço do Sul
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