sábado, 22 de junho de 2013

OS TAPETES RHEINGANTZ e A PRIMEIRA FIAÇÃO PENTEADA DO BRASIL

A valorizada logomarca da Rheingantz

Tecidos de algodão no Distrito Federal
Em 1895 resolveu, o Comendador Rheingantz, fundar uma indústria de tecidos de algodão no Distrito Federal,. Lá seu filho mais velho, Carlos Frederico, estava para concluir o curso de engenharia. Ficou encarregado da montagem da fábrica um irmão do Comendador, Luiz Valentim Bernardo Rheingantz, nascido na Colônia de São Lourenço-RS em 1861, engenheiro civil pela Universidade de Zurich – Suíça. Infelizmente, ainda durante os estudos para a montagem da fábrica, foram ambos atacados pela febre amarela, falecendo Carlos Frederico a 4 de maio de 1895, e Luiz Valentim 9 dias depois. Com a perda do filho e do irmão, Rheingantz abandonou a iniciativa dessa fábrica.

A primeira fiação penteada do Brasil

As pradarias do Sul e os campos ricos da fronteira, povoados por rebanhos diversos, entre os quais se destacam os de gado ovino, com raças lanígeras apuradas que forneceram as fibras àquela próspera e ativa indústria têxtil, cujos panos e artefatos conquistaram renome e dominaram o mercado consumidor, têm sua história econômica ligada ao nome de um dos mais ilustres rio-grandenses, o Comendador Carlos Guilherme Rheingantz, cujas iniciativas, no campo industrial, pastoril e agrícola, representam a semente que, lançada em fins do século XIX, frutificou nos dias atuais através das grandes realizações de uma população inteira dedicada ao trabalho produtivo do pastoreio, agricultura e indústria. (Revista Paulista de Indústria, dezembro de 1955, nº 41 – separata)

Depois de tentar, com grande prejuízo, reviver a triticultura nos campos rio-grandenses, o Comendador toma nova iniciativa pioneira instalando, em 1904, a primeira fiação penteada do país, após minuciosos estudos e planejamentos concluídos em 1902, possibilitando à COMPANHIA UNIÃO FABRIL a fabricação de tecidos finos, casimiras, etc.

Destaque deve ser dado para o fato de a UNIÃO FABRIL ter sido a primeira indústria brasileira a fabricar panos de lã para as forças armadas nacionais, no fim do século XIX, quando eram importados da Europa.
O minucioso trabalho inicial com a lã na União Fabril


Os inigualáveis tapetes Rheingantz

Não se sabe a origem do tapete, não tendo sido encontrado um ponto de partida que possa servir como referência. Tem sido apresentada a versão de que as Índias instituíram seu fabrico e uso, parecendo possível porque nenhum outro país levou a um ponto tão avançado essa indústria, ou generalizou tanto o costume de uso desse objeto, embora outras referências o encontrem mais longe, na antiga cidade de Damasco e na pré-histórica China. O tapete é um objeto de luxo suntuário, acima de tudo elemento valioso de beleza para a decoração dos interiores e para a criação dos ambientes de conforto, tanto do lar como dos escritórios. Através dele conhece-se o gosto, a distinção e o refinamento de homens e povos, e até da sua própria cultura, através de sua utilização e fabricação. O Brasil sempre esteve colocado em excepecional posição pelo desenvolvimento conseguido por sua indústria de tapetes, concorrendo em perfeição e beleza com os centros mais adiantados do mundo nesse setor. A União Fabril produzia maravilhosos exemplares de tapetes, em quatro qualidades e em todos os estilos imagináveis, desde a miniatura e a filigrana dos desenhos persas até a geométrica sobriedade dos desenhos modernos, sempre com a famosa marca “RHEINGANTZ”.
Tapetes RHEINGANTZ sendo produzidos

Veja mais do mesmo autor:
www.blogdorheingantz.blogspot.com

Texto aproveitado do livro a ser editado "Dr.Oscar - e Seus Empreendedores Ascendentes", do autor deste blog.