A valorizada logomarca da Rheingantz |
Tecidos
de algodão no Distrito Federal
Em 1895 resolveu, o Comendador Rheingantz,
fundar uma indústria de tecidos de algodão no Distrito Federal,. Lá seu filho
mais velho, Carlos Frederico, estava para concluir o curso de engenharia. Ficou
encarregado da montagem da fábrica um irmão do Comendador, Luiz Valentim
Bernardo Rheingantz, nascido na Colônia de São Lourenço-RS em 1861, engenheiro
civil pela Universidade de Zurich – Suíça. Infelizmente, ainda durante os
estudos para a montagem da fábrica, foram ambos atacados pela febre amarela,
falecendo Carlos Frederico a 4 de maio de 1895, e Luiz Valentim 9 dias depois.
Com a perda do filho e do irmão, Rheingantz abandonou a iniciativa dessa
fábrica.
A
primeira fiação penteada do Brasil
As pradarias do
Sul e os campos ricos da fronteira, povoados por rebanhos diversos, entre os
quais se destacam os de gado ovino, com raças lanígeras apuradas que forneceram
as fibras àquela próspera e ativa indústria têxtil, cujos panos e artefatos
conquistaram renome e dominaram o mercado consumidor, têm sua história
econômica ligada ao nome de um dos mais ilustres rio-grandenses, o Comendador
Carlos Guilherme Rheingantz, cujas iniciativas, no campo industrial, pastoril e
agrícola, representam a semente que, lançada em fins do século XIX, frutificou
nos dias atuais através das grandes realizações de uma população inteira
dedicada ao trabalho produtivo do pastoreio, agricultura e indústria. (Revista
Paulista de Indústria, dezembro de 1955, nº 41 – separata)
Depois de tentar, com grande
prejuízo, reviver a triticultura nos campos rio-grandenses, o Comendador toma
nova iniciativa pioneira instalando, em 1904, a primeira fiação penteada do país, após
minuciosos estudos e planejamentos concluídos em 1902, possibilitando à
COMPANHIA UNIÃO FABRIL a fabricação de tecidos finos, casimiras, etc.
Destaque deve ser dado para o fato de a UNIÃO FABRIL ter sido a
primeira indústria brasileira a fabricar panos de lã para as forças armadas
nacionais, no fim do século XIX, quando eram importados da Europa.
O minucioso trabalho inicial com a lã na União Fabril |
Os inigualáveis tapetes Rheingantz
Não se
sabe a origem do tapete, não tendo sido encontrado um ponto de partida que
possa servir como referência. Tem sido apresentada a versão de que as Índias
instituíram seu fabrico e uso, parecendo possível porque nenhum outro país
levou a um ponto tão avançado essa indústria, ou generalizou tanto o costume de
uso desse objeto, embora outras referências o encontrem mais longe, na antiga
cidade de Damasco e na pré-histórica China. O tapete é um objeto de luxo
suntuário, acima de tudo elemento valioso de beleza para a decoração dos
interiores e para a criação dos ambientes de conforto, tanto do lar como dos
escritórios. Através dele conhece-se o gosto, a distinção e o refinamento de
homens e povos, e até da sua própria cultura, através de sua utilização e
fabricação. O Brasil sempre esteve colocado em excepecional posição pelo
desenvolvimento conseguido por sua indústria de tapetes, concorrendo em
perfeição e beleza com os centros mais adiantados do mundo nesse setor. A União
Fabril produzia maravilhosos exemplares de tapetes, em quatro qualidades e em
todos os estilos imagináveis, desde a miniatura e a filigrana dos desenhos
persas até a geométrica sobriedade dos desenhos modernos, sempre com a famosa
marca “RHEINGANTZ”.
Tapetes RHEINGANTZ sendo produzidos |
Veja mais do mesmo autor:
www.blogdorheingantz.blogspot.com
Texto aproveitado do livro a ser editado "Dr.Oscar - e Seus Empreendedores Ascendentes", do autor deste blog.