Com.Carlos Guilherme Rheingantz: o pioneiro da previdência social privada no Brasil
Tão logo o Comendador Rheingantz lançou definitivamente
seu grupo de fábricas, sob a forma de uma grande sociedade, estabeleceu um serviço
social para atender aos 900 empregados, antecipando-se às medidas
governamentais postas em prática meio século após. Uma vila para operários
foi construída, num total de 169 moradias com aluguéis módicos (muitas até hoje
existentes).
Os principais serviços assistenciais eram prestados por
sistema cooperativo através da SOCIEDADE DE MUTUALIDADE, com quadro
social constituído exclusivamente por empregados da emprêsa, e a finalidade de
prestar aos sócios e seus familiares socorros médicos, farmacêuticos e
pecuniários (se impossibilitados temporàriamente de trabalhar), de oferecer creche e restaurante intanto-juvenil aos seus filhos, de concorrer para
os atos fúnebres, de manter um armazem de gêneros de primeira necessidade
vendidos com reduzida margem de lucro (redistribuido anualmente na proporção
das compras de cada um), de manter uma biblioteca, de ministrar aulas noturnas,
de manter uma banda de música, de possibilitar a prática de bilhar, de outros
esportes e de jogos em geral.
Cinco anos após, Rheingantz instituiu o FUNDO DE
AUXÍLIOS CARLOS G.RHEINGANTZ, com a finalidade de prestar auxílios
extraordinários a todos os empregados das fábricas em caso de viúvez, de amparo
de filhos, de casamento e de invalidez. Este fundo subsistiu até o fechamento
definitivo da empresa, com auxílios adaptados às condições e exigências em cada
época.
Mais sobre a família Rheingantz poderá ser visto nas postagens mais antigas neste blog: sua origem, Jacob e São Lourenço do Sul, Com.C.G.Rheingantz e a União Fabril.
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