OSCAR LUIS OSÓRIO RHEINGANTZ
CENTENÁRIO DE NASCIMENTO
12 de setembro de 2019
12 de setembro de 2019
As famílias Osório, Rheingantz e Alves Pereira foram importantes na
economia primária e secundária, e na política gaúcha e brasileira, no século XIX e XX, tendo como precursores Jacob Rheingantz (o colonizador e fundador de São
Lourenço do Sul), seu filho Comendador Carlos Guilherme Rheingantz (fundou a
primeira tecelagem de lã fina brasileira, a União Fabril e Mercantil, em Rio
Grande-RS, com a marca RHEINGANTZ), o Cel.Pedro Luis da Rocha Osório (grande
charqueador, orizicultor e pecuarista, denominado internacionalmente “Rei do
Arroz”), e o Dr.Gervásio Alves Pereira (médico renomado de Bagé, evoluído
agropecuarista e destacado político).
Cel.Pedro Luis da Rocha Osório |
Comendador Carlos Guilherme Rheingantz |
Dr.Gervásio Alves Pereira |
Da união dessas famílias,
com o casamento de Paulo Affonso de Sá Rheingantz e Marina Alves Pereira
Osório, em 12 de setembro de 1919 nasceu Oscar Luis Osório Rheingantz, em
Pelotas, herdeiro do espírito, do arrojo e do conhecimento de seus visionários
ancestrais.
Marina e Paulo Affonso |
Sua feliz infância
deu-se entre a Estância do Cascalho, em Pelotas, e a cidade de Rio Grande. A
adolecência aconteceu no Rio de Janeiro, entre esportes e estudos, morando na
casa de seus queridos tios Marguerite Grandmasson e Gustavo de Sá Rheingantz –
ela uma grande dama de origem francesa, êle médico e artista plástico, pais do
grande genealogista Carlos Grandmasson Rheingantz, fundador do Instituto
Brasileiro de Genealogia.
Oscar e Paulo Affonso |
Apaixonou-se pela bonita carioca Maria
Helena Tavares, segunda filha do simpático tabelião Caio Júlio Tavares e de
Soluta Tita da Costa Tavares. O inevitável casamento ocorreu em 10 de dezembro
de 1942, numa cerimônia simples e agradável na Igreja Nossa Senhora de
Copacabana. Tiveram cinco filhos (Márcia, Vera, Carlos Guilherme, Paulo Afonso
e Maria Gabriela), 14 netos (Marina, Izabel e Otávio, Ricardo, Maria, José
e Pedro; André, Fernando e Mário; Gabriel e Marcelo; João Luis e Carolina ) e 15 bisnetos (Luisa;
Felipe e Tomaz; Ana Carolina; Sérgio e João; Helena, Marina e Raul; Artur e Alice;
Marcelo e João Felipe; Rodrigo; Antônio).
Maria Helena e Oscar |
Oscar
adorava os sogros Caio e Tita, os cunhados Heloisa e Aristides Thibau Guimarães,
Maria Amélia e Pedro Nolasco da Cunha Canto, Silvia e Luiz Amaral, Mário da
Costa Tavares e suas esposas (foram 3: Yone, Lourdinha e Regina).
Considerava-os sua “família afetiva”, com eles mantendo alegre e longa
convivência.
Tita e Caio Tavares |
Diplomado
engenheiro-agrônomo em 1943 pela Escola Nacional de Agronomia do Rio de
Janeiro, no ano seguinte mudou-se o casal com a recém-nascida Márcia para a
Estância do Cascalho, em Pelotas-RS, a grande casa ainda em reforma já contando
com amplo e agradável escritório para sua primeira atividade profissional:
administrar aquele importante estabelecimento, comercialmente denominado Granja
Helomar, reduto de muito pioneirismo rural e industrial no charque, arroz,
aspargos, figueiras, gado Holandês, avicultura, suinocultura, industrialização
de conservas vegetais, dentre outros, sempre com a utilização de “tecnologia de
ponta”.
Casa Grande, Cascalho, 1945 |
A “Granja Helomar” foi fundada por
Paulo Affonso de Sá Rheingantz, em 1935, ligada à empresa Viúva Cel.Pedro
Osório & Cia.Ltda. Em 1940 assumiu-a por arrendamento, esperando do filho
agrônomo um grande desenvolvimento na fruticultura de clima temperado,
principalmente do pêssego, e da olericultura tendo, no aspargo, o artigo mais
importante. Visava abastecer o mercado estadual de hortigranjeiros e às
indústrias de conservas espalhadas por Pelotas e Rio Grande.
Aspectos da lavoura de aspargos, Granja Helomar 1954 |
De 1944 até 1952 Oscar viajou por quase todo o Rio Grande
do Sul e grande parte dos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais, visitando as mais desenvolvidas empresas agropecuárias
e industriais brasileiras (arrozeiras, trigueiras, leiteiras), assim como às
têxteis. Conheceu diversas dependências da notável organização Cia.Paulista de
Estradas de Ferro, inclusive suas oficinas e horto florestal em Rio Claro, e os
empreendimentos agropecuários da Pirelli S.A., da indústria de vidros Santa
Marina, das Indústrias Reunidas Matarazzo S.A., de alguns canaviais e usinas da
organização Morganti, da Cia.Cinematográfica Vera Cruz, da S.A.Graphicare
F.Lanzara, e muitas outras.
Travessia do rio Camaquã, 1949 |
Oscar e Maria Helena mudaram-se em
1948 para a cidade de Rio Grande, face ao acometimento de grave enfermidade
cardíaca por seu pai - diretor responsável pela importante tecelagem Cia.União
Fabril com a marca Rheingantz - passando a ocupar o cargo de auxiliar da
gerência. Com a morte de Paulo Affonso em 1949, Oscar assumiu a sub-gerência da
empresa.
A famosa marca de cobertores, tapetes, ... |
Voltou para o Cascalho em 1952, após licenciar-se da
União Fabril devido a uma lesão ocular, de forma a levar uma vida mais calma
durante sua recuperação.
Casa Grande, Cascalho, 1953 |
Em 1957 aperfeiçoou-se em administração
rural, crédito agrícola, cooperativismo e extensão rural na Universidade de
Purdue – Indiana - EUA, ocasião em que visitou diversas criações de gado leiteiro das raças Holandês e Jersey, e em administração de empresas na Fundação Getúlio
Vargas - São Paulo/SP no ano de 1968. Participava de todos os cursos,
seminários e encontros referentes à administração em geral, agropecuária,
agroindústria, política e Rotary, desde que em datas compatíveis com suas
obrigações principais, na maioria apresentando trabalhos, relatórios ou,
simplesmente, ouvindo e interlocutando: nunca ficava omisso.
1957 em Purdue, EUA - visita de Oscar a rebanhos leiteiros |
1951, Oscar discursa nas bodas de ouro da Swift, Rio Grande |
Apaixonado pelo esporte sempre
acompanhou em rádios, jornais, revistas e TVs, os torneios e competições de
futebol, basquete, vôlei e golfe, as corridas de fórmula 1 e fórmula Indy,
atento especialmente ao preferido tênis, por ele praticado desde a infância e à
cuja forte 2ª classe do Country Club do Rio de Janeiro chegou. No Rio treinava
diàriamente, disputava torneios, muitas vezes assistindo ao parente Álvaro
Osório - campeão brasileiro de tênis na época. Foi diretor eleito (1940 a 1942) da Federação
Metropolitana de Tênis do Rio de Janeiro, e como parceiros no Country Club do
Rio de Janeiro citava Julio Amaral, Miguel de Faria e Jorge Vela, e no Esporte
Clube Pelotas o primo Fernando Osório (médico e pecuarista), o amigo Derny
Queiroz (era mais velho), e os irmãos Plínio e Claro Pires. Em São Paulo , ainda
pequeno, assistia à Majô Rheingantz, destacada tenista paulista e casada com
seu tio Adolpho, em torneios esporádicos.
1942 - Oscar (e),\Julio Amaral, Miguel de Faria e Jorge Vela |
Em 1966 Oscar patrocinou a jovem
equipe do Esporte Clube Pelotas no Torneio Infanto-Juvenil Brasileiro de Tênis
em Brusque-SC, levando de Kombi o grupo composto por Luis Antônio Aleixo
(Chumbinho), João Carlos Martins (Carlinhos), José Roberto Reis (Bebeto),
Alberto Socolowsky (este mudou-se pouco depois para Israel), Marco Antônio
Moreira, e os saudosos Bruno Russomano de Mendonça Lima e José Ricardo “Tato”
Oliveira, alem dos filhos Paulo Afonso e Carlos Guilherme, autor deste blog.
Ficaram “alojados” em apartamento do atencioso representante das conservas
Helomar em Blumenau, Norberto Köffke. O efeito dessa primeira participação de
equipe pelotense em torneio brasileiro de tal envergadura foi inesquecível, com
boa atuação de alguns de seus integrantes que chegaram a disputar a terceira
rodada e, no futuro, a participar em outras edições desse grandioso evento
nacional.
A Kombi que levou a jovem equipe do E.C.Pelotas ao campeonato brasileiro infanto-juvenil de tênis, 1966, Brusque-SC |
Na década de 1990,
acostumado a assistir aos treinamentos dos netos José, André, Fernando e Mário,
com eles ensaiando algumas jogadas no Dunas Clube onde, seguidamente “batia
bola” com outros tenistas, em especial com Marilene Satte Allan. Fernando
Rheingantz, de 1998 a
2002 cursando Administração de Empresas e Comércio Exterior no Abbey College
(Belmont, Carolina do Norte-EUA), com a primeira bolsa universitária tenística
conseguida por pelotense, participou dos torneios universitários por equipe
naquele país, ajudando sua Universidade a conquistar, inèditamente, o
vice-campeonato regional de 1999 e de 2000, e o campeonato regional em 2001.
Quando venceu o torneio de simples “Gardner Webb Invitational de 2001”,
realizado na Gardner Webb University – Carolina do Norte, ganhando a final do
colega Markus Tell, e o vice-campeonato de duplas (perdendo para a dupla nº 1
da University South Carolina), do qual participaram acima de 60 atletas de 10
universidades, ligou para seu avô, Oscar, que exclamou,emocionado:
“É o maior prêmio por mim recebido: um
neto estudar no país que mais admiro jogando meu esporte preferido, vencendo em
torneios universitários, por equipe e individuais, dos quais grandes tenistas
como Agassi, Connors e Sampras outrora participaram”.
Fernando (d) e sua equipe vencedora do Regional dos EUA de Tênis, 2001 |
Na construção e fundação do Dunas
Clube de Pelotas (1954), Oscar participou ativamente do projeto, e de sua
execução, sob a liderança do Capitão dos Portos Túlio de Azevedo, que foi o primeiro
presidente do novo clube. Túlio era genro da então proprietária do imóvel,
Maria Osório Vasconcellos, filha do Cel. Pedro Osório. O título nº 1 foi
repassado por Maria Helena para o neto Otávio Rheingantz Gomes, após o falecimento de Oscar.
Apoiou a construção do Parque Tênis
Clube, em Pelotas, adquirindo 5 títulos, clube nacional e internacionalmente
conhecido pelo tradicional Torneio da Páscoa, onde destacados nomes como os do
argentino José Agüero, do carioca Jorge Paulo Lehmann (o “dono” da Brahma) e
dos pelotenses Fernando José Bertaso e Mauro Brandão, constam na “galeria dos
campeões”. Foi solidário e parceiro na fundação ou melhoria de diversas outras
entidades esportivas, sociais e filantrópicas de Pelotas, como os clubes
Campestre, Comercial e Diamantinos. Em Rio Grande exerceu a vice-presidência,
depois a presidência, do Clube de Regatas, marcando sua gestão com a construção
de um ginásio para esportes, merecendo o título de SÓCIO GRANDE BENEMÉRITO em
23 de setembro de 1959 (ata nº 40 do seu Conselho Deliberativo).
Orador
da família Osório no centenário de nascimento do Cel.Pedro Osório (1954), e da família Rheingantz no centenário de fundação da Colônia de São Lourenço (1958), neste último dividindo palanque com o governador do estado, Ildo Meneghetti, e com o bispo de
Pelotas, D.Antônio Záttera.
1954, Pelotas, inauguração do busto de seu avô |
1958, São Lourenço do Sul |
Em
Pelotas, após 1952 ocupou a vice-presidência do Centro das Indústrias durante
duas gestões, sendo eleito 1º vice-presidente da Associação Comercial, da qual
foi diretor em 8 períodos (1960 a 1963, de 1972 a 1979, e de 1982 a 1985) e seu
presidente de 1968 a
1971.
Presidente da Associação Comercial de Pelotas, 1968 |
Assistiu, de 4 a 15 de outubro de 1965, ao
“Leilão de Objetos de Arte” da falecida tia Olga Rheingantz da Porciúncula
(única filha do comendador Rheingantz, com mais seis irmãos), na mansão à rua
Dona Mariana 56 - Rio de Janeiro, com obras de Portinari, Guignard, Gustavo
Rheingantz, Tanovx, Longchamps, e de muitos outros artistas, considerado pelo
leiloeiro Fernando Mello como “um dos maiores e mais bonitos leilões já
realizados na Guanabara”. O alto valor apurado no evento reverteu, quase todo,
em benefío da PRÓ-MATRE, excelente maternidade de caridade. Foram destaque as
obras “Jovem com Flor”, óleo de Gustavo Rheingantz, 1926, irmão de Olga, e “ O
Pequeno Jornaleiro”, óleo de Ergnt Bachmann,
1942, este em benefício da Casa do Pequeno Jornaleiro.
foto leilão Olga R.Porciúncula
Vitorioso nas atividades
profissionais, industriais, políticas e sociais, respeitado tanto pelos correlegionários
como pelos adversários políticos, seus relacionamentos pessoais e
profissionais, industriais, comerciais ou políticos, faziam-no sempre bem
recebido nos diferentes escalões do governo federal, do estadual, e dos municipais,
bem como no Congresso Nacional, no Tribunal de Contas da União, e na Assembléia
Legislativa gaúcha, mantendo relações diretas com órgãos das Nações Unidas
(FISI, FAO, UNESCO), e com estabelecimentos de pesquisa e de crédito
governamentais e particulares, nacionais e internacionais. Projetou-se nacionalmente em defesa do
progresso econômico e social da terra gaúcha, concorreu duas vezes a prefeito
de Pelotas, e uma a deputado estadual do Rio Grande do Sul - cumprindo mandato
como suplente.
Centro das Indústrias de Pelotas, com Hugo Poetsch |
Não faltava às reuniões
dos “Círculos de Pais e Mestres” nas escolas onde seus filhos estudavam,
tornando-se folclórica sua posição no Colégio Estadual Assis Brasil (por volta
de 1957), sob riso dos participantes: “O uniforme deveria constar de calças
blue-jeans, camisetas de malha branca, e tênis de baixo custo, permitindo a
todos adquiri-lo independentemente de poder aquisitivo.”
Não podendo participar dos festejos
referentes aos 45 anos de sua formatura (1988), recebeu de seus colegas uma
foto com amistoso bilhete. Com MariaHelena compareceu ao “Jubileu de Ouro”, em
4 de dezembro de 1993 no Rio.
Acompanhou e orientou sua mãe, viúva
em 1949, apoiando filhos, sobrinhos, genros e noras no que julgasse possível.
Embora gostasse de aparentar ser rígido na educação paterna e no trabalho, era muito
liberal e tolerante. Preocupado com o
bem estar de Maria Helena, reclamava quando as crianças provocavam barulho,
para não atrapalhá-la na leitura ou acompanhamento de filmes e novelas nas
rádios e TV. Durante o seu favorito “repórter Esso” (rádio Farroupilha, hora do
almoço) pedia silêncio, no que nem sempre era acatado.
Com sua mãe, Marina (e) e Maria Helena, 1977 |
Agropecuarista evoluído,
destacado empresário da agroindústria, desportista apaixonado, rotariano
dedicado, político íntegro, era admirado por aqueles que com êle conviviam.
Oscar (c) ao assumir a presidência da COOLACTI, da qual foi o principal articulador para a construção e fundação juntamente com o Dr.Luis Simões Lopes em 1955, Pelotas-RS |
Como dirigente de
empresas foi respeitado e amado pelos empregados e funcionários, que sempre reconheceram-no
um chefe honesto, justo, progressista e humanitário. Em todos os meios,
carinhosa e respeitosamente, era tratado e lembrado como “Dr. Oscar”.
1959 - Oscar paraninfa a turma de Técnicos em Agropecuária do CAVG, Pelotas |
Oscar Rheingantz faleceu em
Pelotas-RS, cidade onde nasceu e viveu, no dia 23 de abril de 2003, após dois
anos de convalescência. O Dr.Clayr Rochefort, redator do Diário Popular e seu
amigo pessoal, redigiu e publicou, no dia seguinte, o artigo abaixo. Maria Helena faleceu, também em Pelotas, a 29 de
abril de 2014. Foi um casal muito feliz!!!
Oscar e Maria Helena, natal de 1977. |
OSCAR L.O.RHEINGANTZ
por
Clayr Lobo Rochefort
Diário
Popular, 23 de abril de 2003
“Personalidade
de Escol, primava pelo cavalheirismo e pela simplicidade. Por sua vida e sua
obra, honrou o precioso legado de seus ancestrais. Engenheiro Agrônomo formado
no Rio de Janeiro, Oscar Rheingantz desenvolveu em Pelotas importantes
atividades no campo econômico e social, destacando-se a cultura do aspargo, que
levou o município à posição de maior produtor do País, do figo, do pêssego e
outras frutícolas. Pontificou, também, na criação de gado Holandês, produto
básico da Granja Helomar. E foi com essa marca, reconhecida pela alta
qualidade, que produziu e comercializou compotas de pêssegos, figos e aspargos,
entre outros produtos. Alemanha e França eram os maiores importadores dos
aspargos da Helomar. Entre suas realizações cumpre salientar a Cooperativa de
Laticínios de Pelotas – Colacti, atual Cosulati, que fundou ao lado de Luiz
Simões Lopes e presidiu, sem ser remunerado, por sete anos. Êle via no
empreendimento uma nova fonte de produção, emprego e renda, principalmente para
o pequeno produtor, e colocava em alta conta a fabricação de leite em pó para
distribuição à infância no Brasil e outros países carentes de recursos para
esse fim. Altruísta por excelência, o ideal de servir o próximo era uma das
características de sua personalidade. Nessa condição, foi governador do
Distrito 468 do Rotary Internacional, desempenhando papel importante na
realização do Plano de Recuperação da Baixada Sul-Riograndense, que resultaria
na barragem do São Gonçalo e obras complementares. Líder empresarial, presidiu
a Associação Comercial e o Centro das Indústrias de Pelotas. A melhoria das
condições de vida da população era uma de suas preocupações constantes.
Dedicado à política e estudioso dos seus aspectos científicos, foi um dos
fundadores do Partido Democrata Cristão e preconizava uma reforma política, com
a adoção do sistema de eleição por voto distrital. Seu espírito comunitário o
levaria a concorrer por duas vezes ao cargo de prefeito de Pelotas e à
deputação estadual. Embora suplente, assumiu o mandato quando seu titular,
Arnaldo Prieto, ocupou a Secretaria de Estado no governo Ildo Meneghetti.
Figura marcante do cenário político, econômico e social, há de merecer a
gratidão da sociedade pelotense, que recebeu seu falecimento com imenso pesar”.