Jacob
Rheingantz nasceu em Sponheim, região da Prússia Rhenana (estado alemão), a 9
de agosto de 1817. Começou a trabalhar muito cedo em uma vinícola na região de
Kreuznach, Alemanha, estudando comércio. Aos 22 anos de idade foi para a França
a fim de conhecer a célebre Veuve Clicquot, uma “casa de vinhos champagne”,
onde se empregou em 1839, pertencente a Nicole-Barbe Clicquot-Ponsardin. Esta,
viúva ainda jovem, não deixou o sogro fechar a empresa devido à morte de seu
marido em 1806, convencendo-o a deixá-la assumi-la mudando, de imediato, o nome
da firma de “Clicquot et Fils” para “Veuve Clicquot-Ponsardin”. Jacob trabalhou
um ano com Nicole-Barbe, empresária reconhecidamente inteligente e hábil
comercialmente, quando resolveu ir para a América.
Época do êxodo rural na Alemanha devido ao “surto
industrial europeu”, de 1820
a 1910 reduzindo a população rural de 80% para 18%,
sonhando com melhores oportunidades Jacob foi para os Estados Unidos, pensando
em trabalhar com seu irmão Henrique, morador naquele país. Embarcando em 11 de
abril de 1840 no porto do Havre, no navio “Christophe Colomb”, ao chegar à
América descobriu que Henrique havia morrido (segundo Marina Osório Rheingantz “assassinado por engano”).
Empregou-se na firma Ziegenbein, que adquirira vapores nos EUA para explorar o
transporte marítimo entre Pelotas e Rio Grande, no Brasil, onde ficou por cerca
de três anos. Ao saber que o pequeno vapor de nome “Rio Grandense”, construído
nos estaleiros ianques e primeira unidade adquirida pela firma em que
trabalhava, partiria em breve com destino ao Brasil (para iniciar linha de
carga e passageiros), embarcou com destino à cidade de Pelotas, onde foi
designado agente da companhia. Nessa época, levas de colonos alemães passavam
por Pelotas, rumo às colônias dos vales do Caí, Sinos, Cadeia, etc, despertando
em Rheingantz o sentimento de colonizador.
Em 9 de julho de 1848 casou-se com a enteada de seu
patrão, Maria Carolina von Fella, nascida a bordo de uma fragata dinamarquesa
ao entrar na barra do Rio Grande em 27/11/1829, batizada em São Leopoldo
(24/04/1829), e falecida em Wiesbaden, Hesse-Nassau, Alemanha, (18/11/1904),
filha legítima e única do barão Carlos Adams von Fella (morreu afogado) e
Joanna Hillert Martin, ambos irlandeses.
Foi admitido como sócio da firma de seu sogro após o
casamento, ainda em 1848, já então pensando em fundar uma colônia. Pensando em
melhor estudar as possibilidades para concretizar tal projeto viajou para a
região, na época denominada Serra dos Tapes.
O filho mais velho do casal nasceu em Rio Grande , a 14 de
abril de 1849, batizado Carlos Guilherme, vindo depois mais 9: Theresa
Guilhermina, Frederico Guilherme, Maria Angélica (Mariquinhas), Alfredo Jacob,
Henrique Francisco, Luiz Valentim Bernardo, Ernesto Eduardo, Oscar Phillipe e
Lourenço Otto.
Trouxe
seus pais, João Guilherme e Anna Maria Kiltz, para o Brasil em 1857, assim como
seus irmãos Margarida, Philippe, Maria, Guilherme, Ana e Elisa, por estar
decidido a fundar sua sonhada colônia agrícola.
Quer saber sobre a família
Osório? www.familiaosorio.blogspot.com
Sobre ecologia, acesse www.arroiopelotas.blogspot.com
Interessa-se na raça
Jersey? www.blogdorheingantz.blogspot.com
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